quarta-feira, 5 de maio de 2021

Abril é pior mês da pandemia em Surubim, tanto em número de mortes quanto de novos casos do novo corona vírus


Abril foi o pior mês da pandemia do Covid-19 em Surubim, tanto no número de casos confirmados, quanto no número de mortes provocadas pelo novo corona vírus.

De acordo com números divulgados pela prefeitura, em abril foram confirmados 407 novos casos da doença no município. É o maior número de casos registrados em apenas um mês, desde o início da pandemia, superando o recorde até então, de agosto do ano passado, quando foram confirmados 350 novos casos.

Abril também foi o mês mais letal da pandemia no município, com dez óbitos. Agosto do ano passado também registrava o maior número de mortes em um mês: oito.  

Os primeiros (cinco) casos da pandemia foram registrados, em Surubim, em abril do ano passado. Em 2020, houve um total de 1.480 casos confirmados. De janeiro a abril deste ano, os testes positivos já somam 1.009, ou seja, os quatro primeiros meses de 2021 representam cerca de 68% dos casos de todo ano de 2020. Desde o começo da pandemia até abril de 2021, foram confirmados 2.489 casos.

As primeiras mortes (sete) ocorreram em maio do ano passado, totalizando 43 óbitos. De janeiro a abril deste ano, 21 pessoas nã  o resistiram, ou cerca de 48% do total de mortes do ano passado. Desde o inicio da pandemia, até abril de 2021, 64 vidas foram perdidas para o novo corona vírus, em Surubim. 

JOVENS - De acordo com a coordenadora da vigilância em Saúde da prefeitura de Surubim, Marília Gino, os aumentos dos números de novos casos e de óbitos ocorre, sobretudo, entre jovens adultos. 

"A  vacinação dos idosos, que mantém os cuidados, mesmo após imunização, por terem maior percepção do risco de contágio, faz cair a idade da maioria das vítimas. Outro fator importante é que as pessoas com menos de 60 anos são maioria da classe trabalhadora e acabam se expondo ao vírus, e por questões comportamentais, como baixo uso de máscara e por estarem em constante aglomerações", destaca.

A coordenadora frisa ainda que quando contaminados, a doença se agrava mais rapidamente. "Pacientes jovens adultos quando contraem a doença agravam muito mais rápido, permanecem por mais tempo na UTI, do que o paciente idoso, tem estudo. Outro complicador, é que muitos tem comorbidades como hipertensão e diabetes e não sabem. Então, atualmente, a chance de um paciente de covid vir a óbito, isso tem estudo falando,  é maior do que um idoso. Até porque já estamos acabando a vacina dos 60 anos, então a maioria já está vacinada", completa.   

Da Redação, Alberico Cassiano.