terça-feira, 31 de agosto de 2021

SURUBIM: Prefeitura deve dizer quanto recebeu e como gastou dinheiro da pandemia, sobretudo, depois de ser flagrada em superfaturamento de R$ 1,5 milhão, em uma compra para Covid-19


Depois da prefeitura de Surubim ser flagrada num superfaturamento de mais de R$ 1,5 mi (um milhão e quinhentos mil reais) na compra de material hospitalar para.  covid-19, a gestão da prefeita Ana Célia Farias(PSB) 
deve satisfações detalhadas à sociedade de quanto recebeu e como gastou o dinheiro da pandemia. Informações simples, porém, que devem ir além do "tá no portal da transparência".

De acordo com o Tribunal de Contas, só nesta licitação que a prefeitura foi obrigada a refazer, estava previsto um gasto de mais de R$ 5,28 milhões (cinco milhões, duzentos e oitenta mil reais) para compra de material hospitalar para atendimento de paciente com Covid-19. Entre os itens mais superfaturados, um chamou a atenção dos auditores do TCE. Só de luvas, iam gastar mais de R$ 2,91 milhões (dois milhões, novecentos e dez mil reais). Indícios fortes de sujeira, possibilidade de contaminação e ou coisa para não sujar as mãos. Depois que o TCE gritou, a nova licitação reduziu o valor da compra para cerca de R$ 3,78 milhões (três milhões, setecentos e oitenta mil reais).  

Mas, e as demais compras? Despois desse superfaturamento de um milhão e meio só em uma compra da covid-19, a resposta "tá no portal da transparência" é insuficiente para uma questão muito séria e que precisa ficar, de fato, clara para o cidadão. A prefeita Ana Célia Farias (PSB) precisa deixar explicito quanto recebeu em verbas para investimento no combate à pandemia do Covid-19 e explicitar como gatou esse dinheiro. Fazer e divulgar um balanço, por mínimo que seja. 

Total do dinheiro que recebeu? Quanto do governo federal? Quanto de dinheiro de emendas parlamentares? Quanto do governo do estado? Como o dinheiro que chegou para pandemia foi investido? Quanto foi gasto com medicamentos? Quanto foi gasto com equipamentos? Quanto foi gasto com material hospitalar? Mão-de-obra? Qual foi o custo do Estefânia Farias como hospital de retaguarda da Covid-19? Quanto se gastou com ações, por exemplo, educativas e de divulgação? Quais são as vinte empresas que mais receberam dinheiro com venda, aluguel e prestação de serviços relacionados à pandemia do Covid-19 em Surubim? Algum fornecedor tem vínculo político-partidário com a prefeita? 

Nada disso é esclarecido ao contribuinte, que paga o total, sem saber os preços dos itens da conta. A prefeita deve responder essas questões de maneira sim, transparente, fazendo um vídeo, por exemplo. Ana Célia Farias(PSB), enquanto candidata, já fez vídeo até internada em hospital para pedir voto. Logo, não há dificuldade da prefeita em fazer o mesmo para prestar conta do que anda fazendo com o dinheiro público. E dinheiro para combater pandemia tem que ser discutido e não pode pairar sobre ele qualquer dúvida de uso correto. Por enquanto, os recursos e custos da Covid-19 seguem obscuros e não são divulgados com clareza e de forma acessível ao cidadão. 

Foto: reprodução / Google.

Da Redação.