José Abelardo Barbosa de Medeiros nasceu em 30 de setembro de 1917 e faleceu no Rio de Janeiro, no dia 30 de junho de 1988, às 23h30, de infarto do miocárdio e insuficiência respiratória (tinha câncer no pulmão) aos 70 anos .
Neste sábado(30), dia em que se marca os 100 anos de nascimento do artista, é possível perceber que mesmo com grande orgulho por ser terra de onde brotou um dos mais reconhecidos artistas do país, é discreta a valorização do velho guerreiro em casa.
Em Surubim, uma das poucas homenagens, está estampada na parede onde era a casa em que Chacrinha nasceu, e hoje funciona uma farmácia, um trabalho dos artistas surubinenses Danilo Leal e Thalita Rodrigues.
Na cidade não há monumento ou escultura para homenageá-lo, por exemplo.
No centenário, as homenagens foram apenas pontuais, como tema do carnaval e de alegorias, inseridas no desfile cívico da emancipação municipal, comemorada no dia 11 de setembro.
VÍDEO RARO DE CHACRINHA EM SURUBIM - este vídeo, sobre a carreira e o último adeus ao surubinense, traz imagens raras dele aqui na cidade. Traz ainda depoimentos de populares e parentes do velho guerreiro. Chacrinha fala da homenagem que recebeu do prefeito Antônio Barros e se emociona ao lembrar a mãe. Confira :
MAIOR GOLPE E COVARDIA - Primeiro veio um alerta muito sério, embora o aleta fora dado em tom muito sensível, pegando carona na canção, impresso na frente do museu, numa parede ainda cor-de-rosa.
Depois, toda tristeza do verbo definhar. "Povo sem memória, povo sem história"! Nem mesmo a triste sentença impressa na parede, agora pintada de preto, em sinal de protesto, extrema dor e luto, e que encobriu muito trabalho, dedicação e amor à terra, foram suficientes para sensibilizar a sociedade e o Poder Público e manter vivo o Museu Histórico de Surubim.
Criado para homenagear Chacrinha e outro filho ilustre da terra, Capiba, mas também para pesquisar e preservar a memória de todo município, era coordenado bravamente pela sobrinha do velho guerreiro, pesquisadora Mariza Barbosa, mas encerrou as atividades por falta de apoio.
"Não consegui apoio para reabri o Museu. O boicote, a inveja, a intolerância, a indiferença e a politicagem mataram o Museu Histórico de Surubim. A minha dor e o meu protesto por tamanha crueldade", denunciou.
O museu possuía um acervo muito rico em peças, com diversas roupas, objetos pessoais, fotos e reportagens impressas do artista. Encerrou as atividades definitivamente em 2002. Este ano, o prédio foi vendido pela família e demolido agora em setembro.
O acervo de Chacrinha é mantido pelo empresário João Batista, proprietário do hotel Cristal. A empresa iria fazer uma exposição para marcar o centenário do artista, mas teve dificuldades com a família dele. O hotel inclusive, presta uma homenagem a filhos ilustres de Surubim, expondo fotos na decoração. Depois do episódio, a de Velho Guerreiro foi retirada.
Da Redação.