terça-feira, 27 de dezembro de 2016

OS SEM CALÇADA: Quem pode colaborar para Surubim se tornar mais limpa, acessível e organizada ?


Não é preciso ser muito observador para perceber que as ruas de Surubim necessitam de uma faxina bem feita. Não é necessário procurar muito para encontrarmos vias com lixo acumulado, no meio fio, na esquina, na calçada. Os entulhos de construção também podem ser encontrados com certa facilidade, nas calçadas ou até na rua.


As duas situações deixam a cidade com aspecto de mal cuidada. Nas ruas do Centro, com maior fluxo de pessoas e de veículos, a sujeira fica mais evidente. É verdade que são as pessoas que jogam o lixo no local inapropriado, por outro lado, quase não há lixeiras públicas. A coleta também não vence a demanda, e o lixo se acumula nas esquinas.


No caso dos entulhos, são colocados sem seguir qualquer norma do Município. As calçadas, quando existem, são tomadas por restos de construções ou material de obra, obrigando as pessoas, utilizarem o mesmo lugar dos carros. Detalhe é que também é comum se ocupar uma das faixas, deixando o espaço ainda mais apertado para veículos e pedestres.


As calçadas, merecem um olhar especial. Numa cidade de porte médio, e com distâncias pequenas e já apresentando problemas de mobilidade, as pessoas poderiam ser estimuladas se locomover a pé, entretanto caminhar pelas calçadas de Surubim é um exercício tortuoso. Isso, quando há calçadas. em alguns casos, a construção ocupou toda a calçada e invadiu até parte da rua. Calçadas largas, bem cuidadas, com acessibilidade são quase inexistentes.


No geral, Surubim precisa de uma boa faxina e de organização. Os desafios são muitos, mas a engenheira civil Tassiana Arruda não só está ciente deles como pretende encará-los com determinação para tentar resolvê-los, a partir deste dia 2 de janeiro, quando assume a agora chamada secretaria de Controle Urbano, da Prefeitura de Surubim.



"Tem muita coisa que precisa ser vista. A gente está fazendo um levantamento do que é a secretaria e de como está a secretaria. Então, 'eu' tenho a iluminação pública, o lixo, a questão da acessibilidade,  o saneamento, as obras, manutenção...e tudo isso é gargalo e tudo isso terá que ser prioridade. Então estamos montando organograma e equipe para que possamos atender a todas elas. A intensão é fazer o melhor para população", destaca a secretária de Controle Urbano, que conversou com nossa reportagem.


A mudança de nome da pasta é estratégica. A antiga secretaria de Transporte, Saneamento e Urbanismo tornou-se na prática a 'secretaria de obras' e a 'garagem da prefeitura', o que hoje, tanto no organograma quanto no dia-a-dia do funcionamento da máquina pública, sobretudo na operacionalização dos serviços, mostra-se algo engessado e ineficiente. Carece de oxigenação, choque de gestão mesmo. A tarefa pode ser árdua e capaz de gerar descontentamento.


A secretária garante, neste caso, adotar como argumento a Legislação e o diálogo como ferramentas de trabalho. " Eu estou aqui para agregar valor. Sei que não vou agradar todo mundo, mas temos que pensar em cumprir Leis. Se existe legislação que garante acessibilidade ao cadeirante, ao idoso ou a quem tem dificuldade de locomoção, por que o Município negar esse direito? O comércio, se for o caso , vamos buscar o diálogo, o entendimento, para que fique bom para todo mundo. Agora, a gente tem que implantar tudo baseado na Lei ", esclarece.


Tocar obras de infra estrutura, manutenção e serviços públicos, certamente não será tarefa difícil para a secretária, pelo perfil técnico da engenheira, com experiência na Prefeitura do Recife. Mas mexer com a cidade para organizá-la, terá que, fatalmente, mexer com a 'cabeça' das pessoas. Certamente precisará de campanhas educativas, do esforço e colaboração de todos, mas muita firmeza para fazer a coisa acontecer.


Uma cidade limpa e organizada pede atitude das pessoas. Já há quem faça sua parte. A participação do cidadão e da sociedade civil organizada é muito importante nesse processo, colaborando para que todos morem em uma cidade mais harmonizada, além de acompanhar a execução e fiscalizar cada detalhe das obras realizadas pelo Município.












Por Alberico Cassiano.