Nesta segunda-feira, a
espera de três anos e meio do torcedor do Náutico, Lucas Lyra, vai ter fim. Foi
esse o período necessário para que ele se recuperasse do tiro que levou na
cabeça, no dia 16 de fevereiro de 2013, em frente aos Aflitos, antes da partida
entre Náutico e Central, pelo Campeonato Pernambucano. Recuperado, ele
finalmente pode voltar para casa e sonha em retornar aos estudos. Mas pelos
próximos três meses, o alvirrubro deve ficar em casa para adquirir reforços no
sistema imunológico.
A infectologista Fátima Lima, que trabalhou diretamente com ele, explicou o caso e disse que o principal objetivo é fazer com que Lucas possa voltar a andar normalmente.
- Atualmente ele come pela boca, não tem sonda, não precisa de dispositivos invasivos para ir ao banheiro, respira sem ajuda de aparelhos. Ele está com uma sequela neurológica ainda, mas vai se recuperando em casa, o que reduz o risco de infecção também. Lucas vai para uma casa pronta para os cuidados dele. Precisa de fisioterapia. A gente quer o ver andando.
A luta agora, segundo a família, é para que o caso seja julgado. O homem acusado de atirar em Lucas, um segurança da empresa de ônibus Pedrosa, vai ser levado para júri popular. À época, o acusado ficou detido por dez dias, mas acabou solto. A data do julgamento, no entanto, ainda não foi marcada.
- Quando ele chegou aqui, a gente cansou de escutar que ele não sairia com vida. Só tinha 1% de chance. Ele perdeu 7% da massa cefálica e hoje está bem. A gente agora grita por justiça. Queremos a marcação do julgamento – disse a irmã do torcedor, Mirella Lyra.
A infectologista Fátima Lima, que trabalhou diretamente com ele, explicou o caso e disse que o principal objetivo é fazer com que Lucas possa voltar a andar normalmente.
- Atualmente ele come pela boca, não tem sonda, não precisa de dispositivos invasivos para ir ao banheiro, respira sem ajuda de aparelhos. Ele está com uma sequela neurológica ainda, mas vai se recuperando em casa, o que reduz o risco de infecção também. Lucas vai para uma casa pronta para os cuidados dele. Precisa de fisioterapia. A gente quer o ver andando.
A luta agora, segundo a família, é para que o caso seja julgado. O homem acusado de atirar em Lucas, um segurança da empresa de ônibus Pedrosa, vai ser levado para júri popular. À época, o acusado ficou detido por dez dias, mas acabou solto. A data do julgamento, no entanto, ainda não foi marcada.
- Quando ele chegou aqui, a gente cansou de escutar que ele não sairia com vida. Só tinha 1% de chance. Ele perdeu 7% da massa cefálica e hoje está bem. A gente agora grita por justiça. Queremos a marcação do julgamento – disse a irmã do torcedor, Mirella Lyra.
Lucas não teve o sistema
cognitivo afetado, fala normalmente. Segue torcendo pelo Náutico e é grande fã
do goleiro Julio César. Sobre voltar aos estádios, Lucas fica receoso, mas
pretende, finalmente, conhecer a Arena de Pernambuco.
- Eu acompanhei os jogos pela televisão, assisti quase todos eles. Não tenho planos de voltar aos estádios agora, só posso ir se for de carro. Ainda tenho um pouco de medo, mas quero muito conhecer a Arena.
- Eu acompanhei os jogos pela televisão, assisti quase todos eles. Não tenho planos de voltar aos estádios agora, só posso ir se for de carro. Ainda tenho um pouco de medo, mas quero muito conhecer a Arena.
ENTENDA O CASO - No dia 16 de fevereiro, o torcedor Lucas Lyra foi
baleado quando entrava nos Aflitos, onde acompanharia o duelo entre Náutico e
Central, às 19h. No mesmo dia, o Sport tinha sido eliminado da Copa Nordeste
pelo Campinense, na Ilha do Retiro, partida que foi iniciada às 17h. Antes da
partida do time alvirrubro, um tumulto entre as torcidas organizadas do
Alvirrubro e do Leão começou. Durante a confusão, um segurança da Pedrosa,
empresa de ônibus, atirou, acertando a cabeça do torcedor. Foram dois meses no
Hospital da Restauração e o restante do período no Hospital Português. O jovem
perdeu parte da coordenação motora do lado esquerdo, mas pode voltar a andar
com a fisioterapia. Atualmente, ele fala normalmente e, mesmo após perder 7% da
massa cefálica, não teve a parte cognitiva do cérebro prejudicada. O homem
acusado de atirar no torcedor segue solto e aguarda julgamento, que ainda está
sem previsão.
Fonte: G1 – PE.