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O casal Eduardo e Fernanda Herrera, que veio de São Paulo acompanhados de dois amigos curtir a virada na orla da Zona Sul - Igor Mello / Agência O Globo |
RIO - Tendo como pano de fundo a crise econômica que marcou 2015, as roupas amarelas rivalizam com o tradicional branco na Praia de Copacabana. Grupos inteiros chegam a praia para acompanhar a queima de fogos da virada de ano com vestidos com a cor que, segundo a superstição, traz prosperidade.
O casal Eduardo e Fernanda Herrera, que veio de São Paulo acompanhados de dois amigos curtir a virada na orla da Zona Sul foram alguns dos que optaram pelo amarelo. Segundo eles, a escolha da roupa é para ter um ano de 2016 com mais dinheiro no bolso.
— Além de ser uma cor de que eu gosto, pedir dinheiro é sempre bom, ainda mais depois de um ano desses.
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A artista de rua Elisabete Celestino da Silva há três anos passa o réveillon incorporada no personagem Carla. Fábio Teixeira / Agência O Globo. |
A artista de rua Elisabete Celestino da Silva há três anos passa o réveillon incorporada no personagem Carla, carregando seu boneco Carlinhos. Na Praia de Copacabana, ela tira fotos com turistas de todo o país. A pernambucana afirma que todo ano escolhe uma cor para suas vestimentas. A cor da vez foi amarelo.
— É pra chamar muita sorte, muito ouro. Mas o dinheiro não é o mais importante. O que precisamos é muita paz.
Apesar da crise, ela diz que o ano não foi ruim e que espera um 2016 melhor. Já prevê a cor na virada do ano que vem:
— Vai ser branco ou azul, pode apostar. Pra mim, desde que cheguei no Rio, não tem ano ruim. Já me considero carioca.
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Cantor Dudu Nobre escolheu a cor amarelo para passar o réveillon. Fábio Teixeira / Agência O Globo. |
Em relação ao ano passado, a percepção é de um maior número de pessoas que optaram por investir no amarelo e no verde para a virada. O cantor Dudu Nobre, que se apresenta às 0h15m, também chegou a Copacabana com uma camisa amarela escrito no peito “dindin”.
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O vendedor de paus de selfie Filipe Tozzi Azevedo também apostou no amarelo para o réveillon. Fábio Teixeira / Agência O Globo. |
Não é só quem está à lazer que aposta no amarelo. O vendedor de paus de selfie Filipe Tozzi Azevedo, 30 anos, escolheu uma regata amarela na hora de sair para tentar ganhar dinheiro no último dia do ano.
— Coloquei amarelo pra chamar dinheiro mesmo, sorte. Quem acredita na sorte é otimista, e eu sou brasileiro e não desisto nunca.
Filipe reconhece que as vendas desta virada ainda estão mais fracas que as de 2014. Às 22h 30 ele havia vendido 30 paus de selfie, por R $ 20 cada.
— No ano passado vendi uns 45 paus de selfie.
Fonte: O Globo.