sexta-feira, 20 de novembro de 2015

VÍDEO e FOTOS: Audiência púbica com Bolsonaro tem pancadaria e quebra quebra, em João Pessoa


Pancadaria e muita confusão antecederam a audiência pública, na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), na tarde desta quinta-feira (19). O deputado chegou a Câmara cercado de seguranças, onde dezenas de apoiadores, na maioria jovens, se confrontaram com manifestantes de grupos estudantis e indígenas.

Após a chegada de Bolsonaro, dois grupos liderados por estudantes secundaristas e índios, que traziam arco, flecha e tacape e instrumentos musicais, foram ao local.

O confronto entre apoiadores e manifestantes foi inevitável. Aos gritos, os apoiadores pediam a queda de Dilma, os manifestantes responderam, foram chamados de fascistas e os dois grupos entraram em choque.



Os índios usaram os tacapes e os instrumentos musicais para tentar quebrar a porta de vidro e terem acesso a galeria da Câmara. Alguns conseguiram, mas foram retirados a força por um grupo de seguranças.

Nesse momento, houve mais confusão e troca de agressões. A troca de tapas, murros e empurrões durou mais de 15 minutos, até que um dos seguranças usou um spray de pimenta. Como revide, os estudantes atiraram garrafas de água cheias de urina.

Após a confusão, o corredor que dá acesso a entrada da CMJP foi liberado, permitindo o avanço dos apoiadores de Bolsonaro, que bloquearam o local.



Em outra tentativa de invasão, os manifestantes conseguiram quebrar uma porta de vidro que dá acesso ao interior da Câmara, mas foram contidos. Em seguida, a Guarda Municipal foi acionada e reforçou a segurança na Câmara.

Durante a confusão, o deputado federal ficou dentro da sala da TV Câmara. Depois, ele foi para a sala vip, onde concedeu uma entrevista coletiva.

Jair Bolsonaro disse que já passou por 20 capitais e vários municípios, mas nunca tinha visto uma recepção tão agressiva. Ele garantiu que não esta atrás de voto e nem fazendo campanha para presidente, acusando movimentos sociais de estar por trás dos protestos.


Bolsonaro estranhou que uma pessoa só, no caso ele mesmo, causasse tanta raiva a esquerda brasileira. Defendeu a revogação do estatuto do desarmamento e disse que “cada fazendeiro tem direito a ter um fuzil para defender a propriedade privada”.

Bolsonaro acusou ainda o governo Dilma de alinhamento com as principais ditaduras no mundo. Ele revelou que a proposta de derrubada do veto ao voto impresso, que foi aprovada ontem no congresso, foi de sua autoria. “Isso é para que nós tenhamos em 2018 uma eleição limpa e sem suspeição”, disse o deputado.




Fonte: NE-10 / Portal Correio.