quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Raquel Lyra se diz contra a flexibilização do Estatuto do Desarmamento


O Projeto de Lei n° 3.722/2012, que busca facilitar a compra e o porte de armas de fogo pelo cidadão comum, foi tema do pronunciamento da deputada Raquel Lyra (PSB) na Reunião Plenária da Assembleia Legislativa. A parlamentar posicionou-se contrária à matéria, sugerindo a mobilização da sociedade para evitar sua aprovação na Câmara dos Deputados. 

"Este Projeto de Lei implica que conquistas que tivemos nos últimos anos com o Estatuto do Desarmamento serão abolidas, um verdadeiro retrocesso, na verdade muito mais que isso, voltaremos à uma época onde justiça e segurança são realizadas com as próprias mãos. Ao invés de investir numa cultura de paz estaremos promovendo a cultura do ódio. Imaginem viver numa sociedade onde cada cidadão pode ter até seis armas de fogo e comprar até 100 cartuchos por cada arma a cada ano. Será que isso vai fazer a nossa cidade mais segura?", indagou a deputada.

“Clamo a todos os cidadãos, estudantes, movimentos sociais e autoridades a lutarem em favor da vida. Precisamos nos unir para que um projeto dessa natureza não seja aprovado”, defendeu Raquel. Segundo a socialista, a intenção do projeto é aumentar a venda de armas, e não garantir a segurança da população. “Flexibilizar o estatuto é armar a população, e fazer isso em um período difícil como o que estamos vivendo significa ampliar a violência”, completou.

PROJETO DE LEI - Dentre outras propostas o novo texto reduz de 25 para 21 anos a idade mínima para a compra de armas no país; autoriza posse e porte de armas para pessoas com antecedentes criminais ou que respondam a inquérito policial ou criminal; o cadastramento de armas será gratuito e não terá taxas por uso; permite uso de armas semiautomáticas e um caminhoneiro poderá portar até cinco armas em seu veículo, entre outras questões.