domingo, 8 de novembro de 2015

Jucazinho pode secar em quatro meses. Volume morto está atendendo 12 cidades.

Barragem está com apenas 8 (dos 327) milhões de m3, agora captados por bomba-submersa. Caso não chova, Compesa já estuda a possibilidade de atender à população com 100 carros-pipa. 

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) começou a utilizar, na sexta-feira (06) o volume morto da barragem de Jucazinho, em Surubim, para tentar reverter os efeitos da seca no estado. Para que seja feita a retirada dos oito milhões de metros cúbicos de água que ainda restam do volume total de 327 milhões, a Compesa montou as bombas para puxar a água de locais onde a captação convencional por gravidade não alcança. Devido ao processo, o abastecimento de água estav suspenso em 12 municípios cobertos pelo sistema.

A captação do volume morto de Jucazinho é feita por meio de uma bomba submersa que retira até 250 litros por segundo. Com isso, pode ser mantido o rodízio anterior de dois dias com água para 28 sem água nas 12 cidades atendidas: Cumaru, Passira, Riacho das Almas, Santa Cruz do Capibaribe, Salgadinho, Surubim, Casinhas, Santa Maria do Cambucá, Vertente do Lério, Frei Miguelinho, Vertentes e Toritama, além do distrito de Ameixas. Caruaru, também no Agreste, continuaria sendo atendida pela barragem do Prata, enquanto Gravatá e Bezerros, pelos reservatórios de Brejinho, Cliper, Vertentes e Brejão. O investimento para execução dessa obra é de R$ 1,3 milhão.

Com a bomba submersa, será possível explorar a barragem por mais quatro ou cinco meses. Caso não chova até lá, a Compesa já estuda a possibilidade de atender à população com 100 carros-pipa que começaram a ser viabilizados. “Estamos nos preparando para essa realidade porque as previsões não são animadoras. Todas as projeções indicam que o El Niño virá com ainda mais força em 2016 e que, por isso, teremos chuvas abaixo da média em todo o Nordeste. Por conta disso, não descartamos o risco de colapso total de Jucazinho”, esclareceu o diretor Regional do Interior, Marconi Azevedo.






BARRAGEM - Inaugurada em fevereiro do ano de 1998, a barragem de Jucazinho começou a levar água para o Agreste do estado em dezembro de 2000 com uma adutora até Surubim. Desde então, essa é a primeira vez que a barragem seca a ponto de um pré-colapso, acumulando apenas 2,5% de sua capacidade total. “A barragem foi uma obra acertada e que cumpriu seu papel. No entanto, não há manancial que resista a uma estiagem tão severa como a que estamos passando”, lamentou o diretor.

Fonte: Diário de PE / TV Clube.