Exército brasileiro: nos últimos 10 anos, o Brasil investiu 1,5% do PIB em Defesa |
nota: esta reportagem foi publicada em
13 de agosto de 2012, pela revista Exame, entretanto, dificilmente, os números melhoraram, sobretudo agora, nesta época de crise.
São Paulo - O
Exército brasileiro usa o mesmo fuzil de produção nacional há 45 anos, seus
equipamentos de comunicação estão obsoletos e dispõe de munição para uma hora
de guerra, segundo fontes militares, citadas nesta segunda-feira pela imprensa.
Cerca de 92% dos
meios de comunicação dos militares estão obsoletos e 87% dos equipamentos estão
completamente inutilizáveis, de acordo com a versão oferecida pelo portal G1
baseado em documentos e depoimentos de militares na reserva.
Os fuzis utilizados
pelo Exército são do modelo FAL, que a empresa brasileira Imbel fabrica há 45
anos, e mais de 120 mil unidades têm mais de 30 anos de uso.
"Posso afirmar
que possuímos munição para menos de uma hora de combate", disse o general
na reserva Maynard Marques de Santa Rosa, ex-secretário de Política, Estratégia
e Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa.
Santa Rosa deixou o
Exército em fevereiro de 2010 após qualificar a Comissão da Verdade, que
investiga crimes durante a ditadura militar brasileira, de "comissão da
calúnia".
O general Carlos
Alberto Pinto Silva, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres (Coter),
acrescentou que a quantidade de munição "sempre foi mínima".
"Nossa
artilharia, carros de combate e grande parte do armamento foram comprados nas
décadas de 70 e 80. Existe a ideia errônea que não há ameaça, mas se ela
surgisse não daria tempo de reagir", acrescentou.
Até agora, o
Ministério da Defesa não se pronunciou sobre o relatório. Nos últimos 10 anos,
o Brasil investiu em Defesa 1,5% do PIB, segundo dados do Ministério.
Este ano, o Exército
receberá R$ 28 bilhões, dos quais 90% são destinados a salários.
Fonte: Revista Exame.